Bom, se eu fosse indicar algum álbum da discografia original de Chuck Berry para algum marinheiro de primeira viagem em sua obra certamente apontaria para esse "Chuck Berry Is on Top". Aqui Berry resolveu unir alguns singles de sucesso com gravações novas, inéditas. O resultado mais uma vez é excelente. Uma pena que na carreira e na vida pessoal Berry estivesse vivendo um verdadeiro caos, um inferno astral. Profissionalmente ele estava brigando com a gravadora Chess Records. Havia acusações para todos os lados, mas Berry insistia que estava sendo roubado pelos irmãos Leonard Chess e Phil Chess! A coisa toda iria atingir um ponto em que eles iriam partir para as raias dos tribunais, tamanho o nível de atrito que havia se instalado. Na vida pessoal as coisas também não iam nada bem. Chuck Berry vinha enfrentando acusações pesadas, em processos criminais, que culminariam em sua prisão alguns meses depois.
Com tanto coisa jogando contra não é de se admirar que ele tenha tido vários problemas para colocar um disco completamente inédito nas lojas. Particularmente abomino coletâneas em geral que considero resumos incompletos das obras dos artistas de que gosto. É um produto comercial para vender e nada mais. Em relação a roqueiros como Chuck Berry e Little Richard a coisa ficou ainda mais feia pois a partir dos anos 60 sairiam uma infinidade de títulos como "Golden Hits" e coisas do gênero que apenas procuravam relançar velhas gravações com novas capas. Uma verdadeira praga. Mesmo assim ainda consigo indicar - com certa reserva - um álbum como esse, afinal de contas em seu favor temos o fato dele ter sido parte da discografia original de Berry nos anos 50. Uma prova que sua carreira foi realmente meteórica, de poucos anos. Depois ele infelizmente se tornaria mais um artista ao estilo revival, vivendo de glórias passadas e pouco produzindo algo de novo.
Chuck Berry - Chuck Berry Is on Top (1959)
Almost Grown / Carol / Maybellene / Rock Sweet Little & Roller / Anthony Boy / Johnny B. Goode / Little Queenie / Jo Jo Gunne / Roll Over Beethoven / Around and Around / Hey Pedro / Blues for Hawaiians.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Bill Haley & His Comets - Rockin' the Oldies
Mais um álbum do assim chamado "Glenn Miller do Rock". Gosto bastante desse disco, principalmente pela proposta de Haley de fazer releituras de antigas canções, em um processo que lembrava inclusive seus hits mais recentes como "Shake, Rattle and Roll" e "See You Later Alligator". Seria o primeiro de três lançamentos de Bill Haley que procuravam seguir temas ou conceitos na seleção musical. Seria uma espécie de predecessor dos famosos álbuns conceituais da década de 1960? Olhando sob um ponto de vista bem imparcial essa seria uma afirmação positiva, sim, Bill Haley foi o primeiro roqueiro da história a "amarrar" várias músicas sob um plano, um conceito de trabalho, podemos dizer assim. Curiosamente, apesar da temática inteligente e da ousadia do artista e do produtor (o ótimo Milt Gabler) o lançamento não foi muito bem acolhido pelo público. Também pudera, os garotos roqueiros da época, um monte de teddy boys, provavelmente não estavam interessados em canções antigas, mesmo que viessem sob um rótulo completamente novo e inovador.
Bobagem dos jovens, o disco é tão dançante como qualquer outro de Haley. A faixa que abre o disco, uma versão de um antigo clássico do bandleader Larry Clinton chamada "The Dipsy Doodle", tem um balanço irresistível, com ótimo arranjo. As paradinhas e os ótimos solos de guitarra e sax são até hoje muito atuais e empolgantes. Rock ´n` Roll de primeira qualidade. "You Can't Stop Me From Dreaming" vai pelo mesmo caminho. Outra que usa e abusa das paradinhas típicas da primeira geração do rock americano. O piano se mostra mais presente, forte até! Grande arranjo em uma versão saborosa. Em "Apple Blossom Time" o destaque vai para o contrabaixo ao velho estilo (aqueles mesmo que você está pensando, enormes, pesadões, que tomavam quase todo o palco). A melodia é tão simpática que o ouvinte não pode deixar de se encantar. A fórmula "letra - solos de sax e guitarra - refrão pegajoso - e clímax para cima" se repete, o que não deixa de ser algo saborosamente nostálgico. O disco segue nesse esquema musical até se encerrar com a ótima "I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter", muito embora aqui já sintamos um certo cansaço na interpretação do cantor. Se a intenção do velho Bill era demonstrar que o novo gênero chamado Rock ´n´ Roll poderia ser adaptado para qualquer tipo de standart da música americana, ele certamente comprovou seu ponto de vista.
Bill Haley & His Comets - Rockin' the Oldies (1957)
The Dipsy Doodle
You Can't Stop Me from Dreaming
Apple Blossom Time
Moon Over Miami
Is it True What They Say About Dixie?
Carolina in the Morning
Miss You
Please Don't Talk About Me When I'm Gone
Ain't Misbehavin'
One Sweet Letter from You
I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter
Somebody Else is Taking My Place
Pablo Aluísioe.
Bobagem dos jovens, o disco é tão dançante como qualquer outro de Haley. A faixa que abre o disco, uma versão de um antigo clássico do bandleader Larry Clinton chamada "The Dipsy Doodle", tem um balanço irresistível, com ótimo arranjo. As paradinhas e os ótimos solos de guitarra e sax são até hoje muito atuais e empolgantes. Rock ´n` Roll de primeira qualidade. "You Can't Stop Me From Dreaming" vai pelo mesmo caminho. Outra que usa e abusa das paradinhas típicas da primeira geração do rock americano. O piano se mostra mais presente, forte até! Grande arranjo em uma versão saborosa. Em "Apple Blossom Time" o destaque vai para o contrabaixo ao velho estilo (aqueles mesmo que você está pensando, enormes, pesadões, que tomavam quase todo o palco). A melodia é tão simpática que o ouvinte não pode deixar de se encantar. A fórmula "letra - solos de sax e guitarra - refrão pegajoso - e clímax para cima" se repete, o que não deixa de ser algo saborosamente nostálgico. O disco segue nesse esquema musical até se encerrar com a ótima "I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter", muito embora aqui já sintamos um certo cansaço na interpretação do cantor. Se a intenção do velho Bill era demonstrar que o novo gênero chamado Rock ´n´ Roll poderia ser adaptado para qualquer tipo de standart da música americana, ele certamente comprovou seu ponto de vista.
Bill Haley & His Comets - Rockin' the Oldies (1957)
The Dipsy Doodle
You Can't Stop Me from Dreaming
Apple Blossom Time
Moon Over Miami
Is it True What They Say About Dixie?
Carolina in the Morning
Miss You
Please Don't Talk About Me When I'm Gone
Ain't Misbehavin'
One Sweet Letter from You
I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter
Somebody Else is Taking My Place
Pablo Aluísioe.
Dean Martin - Dream with Dean: The Intimate Dean Martin
Dean Martin tinha uma voz maravilhosa. Aqui o cantor resolveu apostar em algo bem intimista. Ele gravou o álbum com apenas quatro músicos ao seu lado, Ken Lane ao piano, Irv Cottler na bateria, Red Mitchell no baixo e Barney Kessel na guitarra (Kessel chegou a trabalhar com outros grandes nomes como Elvis Presley na década de 1960). Nada de orquestras e nada de arranjos mais sofisticados como era praxe em seus discos anteriores, já que Martin sempre seguiu os passos de Sinatra nesse aspecto. A ideia era mesmo mudar um pouco, produzindo algo bem intimista (o que fica bem claro na própria capa do álbum, com Martin ao lado da lareira com um cigarro em mãos, fazendo todo o charme possível, bem de acordo com sua imagem de Mr. Cool). Para produzir o disco na Capitol, Martin trouxe o produtor Jimmy Bowen, praticamente uma lenda do meio musical americano, tendo trabalhado com dezenas de cantores ao longo da carreira, entre eles o próprio Frank Sinatra, além de produzir grandes sucessos para Sammy Davis, Jr., Kenny Rogers, Hank Williams, Jr., The Oak Ridge Boys, Reba McEntire e George Strait. Era tão competente que Frank Sinatra o escalou para produzir os primeiros discos de sua filha, Nancy.
Esse álbum traz aquele que talvez seja o maior sucesso de toda a carreira de Dean Martin, a faixa "Everybody Loves Somebody". A história dessa canção é bem interessante pois quebrou a supremacia que os Beatles tinham nas paradas de sucesso da época. Foi uma das poucas canções americanas a tirarem do número 1 da Billboard gravações do grupo inglês que naquela época vivia a febre da Beatlemania. Reza a lenda que o próprio Dean Martin teria ligado para Elvis e dito em tom de piada que aquele era o jeito certo de enfrentar a invasão britânica nas rádios e paradas de sucesso. Tirando esses aspectos comerciais de lado, o que podemos dizer é que esse é certamente um disco maravilhoso, sob qualquer ângulo que se analise. A sonoridade em geral é de uma beleza ímpar, muito suave e delicada. O que sempre se sobressai é a excelente vocalização de Martin, com intervenções sutis da guitarra de Kessel, acompanhada da melodia do piano de Ken Lane, tudo intercalado por um baixo quase inaudível do talentoso Mitchell (que vinha do jazz). Nos Estados Unidos o álbum ganhou uma recente edição de luxo, simplesmente excepcional.
Dean Martin - Dream with Dean: The Intimate Dean Martin
1. I'm Confessin' (That I Love You)
2. Fools Rush In
3. I'll Buy That Dream
4. If You Were The Only Girl
5. Blue Moon
6. Everybody Love Somebody
7. I Don't Know Why (I Just Do)
8. "Gimmie" A Little Kiss
9. Hands Across The Table
10. Smile
11. My Melancholy Baby
12. Baby Won't You Please Come Home.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Frank Sinatra - The Voice of Frank Sinatra
Esse é considerado o primeiro álbum da carreira de Frank Sinatra. Só que esse conceito precisa de algumas explicações. Quando chegou pela primeira vez no mercado não havia ainda, por parte das gravadoras, o conceito de LP. Era uma fase ainda muito primitiva da indústria fonográfica. O que chegou nas mãos dos fãs de Sinatra naquele ano foi uma espécie de coleção, com quatro discos de 78 rpm contendo oito músicas gravadas pelo cantor. Todos os discos faziam parte desse pacote e só poderiam ser adquiridos juntos. Na época se chamava de coleção ou box! Era, em todos os aspectos, um álbum, lançado em um tempo em que ainda não existia os LPs.
Anos depois finalmente essas faixas foram reunidas no formato LP tal como conhecemos hoje em dia. Conceitualmente era um álbum e assim é considerado pelos colecionadores em geral. A adaptação, se assim pudermos chamar, está bem correta do ponto de vista histórico. O "álbum" de Sinatra foi lançado pela Columbia Records. Na época Sinatra era o mais bem sucedido artista do selo, vendendo milhares de cópias de seus acetatos. É um disco que hoje em dia surpreenderia o ouvinte que só chegou a conhecer o Sinatra das grandes orquestras. Os arranjos aqui são bem sutis, baseados em cordas suaves, sob a direção do maestro Axel Stordahl, marcando o estilo romântico inicial de Sinatra. O sucesso foi maravilhoso e Sinatra sentiu-se confiante para seguir em frente apenas com seu nome, sem ser o cantor de big bands, como a de Tommy Dorsey. Foi um momento de mudança definitiva em sua carreira.
The Voice of Frank Sinatra (1946)
You Go to My Head
Someone to Watch Over Me
These Foolish Things
Why Shouldn’t I?
I Don’t Know Why (I Just Do)
Try a Little Tenderness
(I Don’t Stand) A Ghost of a Chance
Paradise
Pablo Aluísio.
Frank Sinatra - Discografia Americana
Frank Sinatra - Discografia Americana
Lista com todos os álbuns lançados pelo cantor Frank Sinatra até o ano de sua morte.
Frank Sinatra - Discografia Americana
The Voice of Frank Sinatra
Songs by Sinatra
Christmas Songs by Sinatra
Frankly Sentimental
Dedicated to You
Sing and Dance with Frank Sinatra
Songs for Young Lovers
Swing Easy!
In the Wee Small Hours
Songs for Swingin’ Lovers!
Close to You
A Swingin’ Affair!
Where Are You?
A Jolly Christmas from Frank Sinatra
Come Fly with Me
Frank Sinatra Sings for Only the Lonely
Come Dance with Me!
No One Cares
Nice ’n’ Easy
Sinatra’s Swingin’ Session!!!
Ring-a-Ding-Ding!
Come Swing with Me!
Sinatra Swings (ou Swing Along With Me)
I Remember Tommy
Sinatra and Strings
Point of No Return
Sinatra and Swingin’ Brass
All Alone
Sinatra Sings Great Songs from Great Britain
Pesquisa: Pablo Aluísio.
sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Norah Jones - Come Away With Me
Norah Jones - Come Away With Me
Quando Norah Jones surgiu em 2002 o mundo da música necessitava desesperadamente de uma cantora como ela. Com as paradas americanas dominadas completamente pelo Rap e Hip Hop, Norah conseguiu um feito extraordinário: ressuscitar um gênero musical que para muitos estava morto e enterrado, o jazz. Obviamente a sonoridade de Norah não se assemelha ao jazz clássico, dos grandes ídolos do passado, mas sim uma nova roupagem, que não se envergonha de fundir ritmos diversos, como Folk e Soul em uma só mistura, resultando em um produto final belíssimo. O sucesso foi imediato. Norah foi consagrada pela crítica mundial, ganhando cinco prêmios Grammy (Entre eles o de melhor álbum do ano e melhor canção para Don't Know Why) e coroou sua estreia com chave de ouro ao vender mais de 22 milhões de cópias ao redor do mundo, um número realmente assustador para os dias de hoje, onde a pirataria corre solta e os artistas sofrem para vender material oficial. Nada mal para um gênero musical que era dito como coisa do passado, ultrapassado e sem perspectivas futuras.
Muito se teorizou para se procurar a razão de tanto sucesso e impacto. Talvez a resposta seja tão simples que não precise de tese alguma. Norah Jones fez sucesso com Come Away With Me simplesmente porque gravou excelentes canções, embaladas por arranjos de maravilhoso bom gosto, tudo aliado a uma sonoridade ímpar e cativante, que bateu fundo aos ouvintes que àquela altura já estavam fartos de tantos grupos sem consistência, divas fabricadas pelas gravadoras e cantores descartáveis. Norah trouxe qualidade musical em uma época em que isso estava simplesmente em extinção. O resultado dessa equação não poderia ter sido diferente e seu grande sucesso comprovou apenas que as pessoas queriam simplesmente ouvir boa música novamente. Norah também rompeu com velhas fórmulas. No ano em que surgiu a moda era venerar as grandes divas, com explosões de ego, estrelismo e excessos de todos os tipos. As cantoras que estavam em evidência na mídia ou eram estrelas deslumbradas com seu próprio sucesso (como Mariah Carey, que recentemente mostrou toda a sua falta de talento desafinando no funeral de Michael Jackson) ou ídolos teen que, para sobreviverem no meio musical, tiveram que adotar uma postura de vulgaridade explicita (como Britney Spears e similares). Norah, com sua timidez quase patológica rompeu com tudo isso.
Sua carreira evoluiu bastante após o lançamento de Come Away With Me. Norah lançou mais dois CDs, o segundo denominado Feels Like Home flertou apaixonadamente com a Country Music e seu último trabalho, Not Too Late, trouxe o lado compositora da cantora, com faixas compostas pela própria ao lado do produtor Lee Alexander. Mas sem a menor sombra de dúvida foi com Come Away With Me e sua parceria vitoriosa com o chamado Jazz contemporâneo que Norah alcançou suas melhores notas. Uma obra irretocável certamente.
Norah Jones - Come Away With Me (2002)
01. "Don't Know Why" (Harris)
02. "Seven Years" (Alexander)
03. "Cold, Cold Heart" (Williams)
04. "Feelin' the Same Way" (Alexander)
05. "Come Away with Me" (Jones)
06. "Shoot the Moon" (Harris)
07. "Turn Me On" (Loudermilk)
08. "Lonestar" (Alexander)
09. "I've Got to See You Again" (Harris)
10. "Painter Song" (Alexander, Hopkins)
11. "One Flight Down" (Harris)
12. "Nightingale" (Jones)
13. "The Long Day Is Over" (Harris, Jones)
14. "The Nearness of You" (Carmichael, Washington)
Pablo Aluísio.
Muito se teorizou para se procurar a razão de tanto sucesso e impacto. Talvez a resposta seja tão simples que não precise de tese alguma. Norah Jones fez sucesso com Come Away With Me simplesmente porque gravou excelentes canções, embaladas por arranjos de maravilhoso bom gosto, tudo aliado a uma sonoridade ímpar e cativante, que bateu fundo aos ouvintes que àquela altura já estavam fartos de tantos grupos sem consistência, divas fabricadas pelas gravadoras e cantores descartáveis. Norah trouxe qualidade musical em uma época em que isso estava simplesmente em extinção. O resultado dessa equação não poderia ter sido diferente e seu grande sucesso comprovou apenas que as pessoas queriam simplesmente ouvir boa música novamente. Norah também rompeu com velhas fórmulas. No ano em que surgiu a moda era venerar as grandes divas, com explosões de ego, estrelismo e excessos de todos os tipos. As cantoras que estavam em evidência na mídia ou eram estrelas deslumbradas com seu próprio sucesso (como Mariah Carey, que recentemente mostrou toda a sua falta de talento desafinando no funeral de Michael Jackson) ou ídolos teen que, para sobreviverem no meio musical, tiveram que adotar uma postura de vulgaridade explicita (como Britney Spears e similares). Norah, com sua timidez quase patológica rompeu com tudo isso.
Sua carreira evoluiu bastante após o lançamento de Come Away With Me. Norah lançou mais dois CDs, o segundo denominado Feels Like Home flertou apaixonadamente com a Country Music e seu último trabalho, Not Too Late, trouxe o lado compositora da cantora, com faixas compostas pela própria ao lado do produtor Lee Alexander. Mas sem a menor sombra de dúvida foi com Come Away With Me e sua parceria vitoriosa com o chamado Jazz contemporâneo que Norah alcançou suas melhores notas. Uma obra irretocável certamente.
Norah Jones - Come Away With Me (2002)
01. "Don't Know Why" (Harris)
02. "Seven Years" (Alexander)
03. "Cold, Cold Heart" (Williams)
04. "Feelin' the Same Way" (Alexander)
05. "Come Away with Me" (Jones)
06. "Shoot the Moon" (Harris)
07. "Turn Me On" (Loudermilk)
08. "Lonestar" (Alexander)
09. "I've Got to See You Again" (Harris)
10. "Painter Song" (Alexander, Hopkins)
11. "One Flight Down" (Harris)
12. "Nightingale" (Jones)
13. "The Long Day Is Over" (Harris, Jones)
14. "The Nearness of You" (Carmichael, Washington)
Pablo Aluísio.
Discografia Norah Jones
Discografia Norah Jones
Álbuns de estúdio:
Come Away With Me (2002)
Feels Like Home (2004)
Not Too Late (2007)
The Fall (2009)
Little Broken Hearts (2012)
Foreverly (2013)
Day Breaks (2016)
Begin Again (2019)
Pick Me Up Off the Floor (2020)
I Dream of Christmas (2021)
Visions (2024)
Pesquisa: Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Stereophonics - Performance and Cocktails
Esse foi o segundo álbum da banda inglesa Stereophonics. Esse disco tem um sabor de nostalgia em meu caso particular porque quando ele foi lançado e estourou nas paradas de sucesso das ilhas britânicas, eu me encontrava em Londres por questões profissionais. Então era mesmo o som que estava no ar na época, tocando nas rádios, nos pubs, em todos os lugares. E o som do grupo estava mesmo alcançando uma maturidade incrível para músicos tão jovens, ainda tentando encontrar um caminho sonoro para se seguir. Eu atribuo esse profissionalismo de certo modo precoce aos produtores Steve Bush e Marshall Bird que sem dúvida fizeram um excelente trabalho. Basta ouvir a sonoridade do álbum para bem perceber isso.
Outro aspecto digno de nota vem da capa. A foto usada mostra um casal se beijando no lado de fora de uma das prisões de segurança máxima da Inglaterra. É uma foto jornalística que realmente chama a atenção não apenas pela espontaneidade do momento, mas também pelo simbolismo. A garota parece ter o olhar perdido, um tanto melancólico. Na época eu interpretei esse beijo como o último dado antes de seu namorado entrar na prisão. O beijo de despedida de um relacionamento que parece fadado ao fracasso em pouco tempo. Enfim, mais um detalhe dentro desse que é um dos meus discos preferidos do Britpop.
Stereophonics - Performance and Cocktails (1999)
Roll Up and Shine
The Bartender and the Thief
Hurry Up and Waitde
Pick a Part That's New
Just Looking
Half the Lies You Tell Ain't True
I Wouldn't Believe Your Radio
T-Shirt Sun Tan
Is Yesterday, Tomorrow, Today?
A Minute Longer
She Takes Her Clothes Off
Plastic California
I Stopped to Fill My Car Up
Pablo Aluísio.
Discografia Stereophonics
Discografia Stereophonics
Aqui está a discografia completa do Stereophonics, incluindo álbuns de estúdio, ao vivo e compilações, organizada de forma clara e atualizada até 2025. Em negrito seguem os álbuns que já foram comentados aqui em nosso blog Music!
Stereophonics – Discografia Completa
Álbuns de Estúdio:
Word Gets Around (1997)
Performance and Cocktails (1999)
Just Enough Education to Perform (J.E.E.P.) (2001)
You Gotta Go There to Come Back (2003)
Language. Sex. Violence. Other? (2005)
Pull the Pin (2007)
Keep Calm and Carry On (2009)
Graffiti on the Train (2013)
Keep the Village Alive (2015)
Scream Above the Sounds (2017)
Kind (2019)
Oochya! (2022)
Álbuns Ao Vivo:
Live from Dakota (2006)
Compilações:
Decade in the Sun: Best of Stereophonics (2008)
EPs e Lançamentos Especiais (seleção):
Local Boy in the Photograph EP (1997)
Step on My Old Size Nines EP (2001)
Traffic (Live) (1998)
(A banda também possui diversos singles avulsos lançados ao longo da carreira.)
Projetos Paralelos:
Embora não façam parte da discografia da banda, vale citar o projeto paralelo de Kelly Jones:
Far From Saints – Far From Saints (2023) – com Kelly Jones, Austin Jenkins e Patty Lynn.
Pesquisa: Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Amy Winehouse - Back to Black
Eu sempre amei a musicalidade dos anos 50 e 60. Certo dia, ouvindo rádio, começou a tocar a nova música da Amy Winehouse! Fiquei completamente surpreso, pensando estar ouvindo uma música antiga, de uma cantora que não conhecia. Claro, estava errado. Amy Winehouse era uma artista moderna, mas que havia se inspirado não apenas na musicalidade das girl groups da Motown (The Ronettes, The Supremes, etc), mas também em seu visual. Não havia nada parecido com ela naquela época, era uma cantora com vocal e estilo completamente singulares! E vocês podem imaginar minha cara quando a vi pela primeira vez no palco, com aquele cabelo dos anos 60, estilo bolo de noiva! Era algo surreal demais para ser verdade.
E pelo visto não foi apenas esse que escreve essas linhas que ficou chocado e admirado com seu talento. Com esse mesmo álbum ela faria história no Grammy, vencendo cinco prêmios em uma só noite - inclusive o de melhor disco do ano! Tudo merecido! Esse álbum é mesmo um primor, um disco que era um espelho e um reflexo da própria cantora. As letras, muito autorais, mostrava a história de uma personagem (ela mesma, se pensarmos bem) lutando e perdendo a batalha para seus vícios e amores tóxicos. Ela assim voltava, digamos, para o lado negro da vida. Uma pena que tudo era tão real que acabaria mesmo em tragédia. Amy Winehouse se auto destruiu em pouco tempo. Lamento que ela tenha levado essa sua personagem tão a sério!
Amy Winehouse - Back to Black (2006)
Rehab
You Know I'm No Good
Me & Mr Jones
Just Friends
Back to Black
Love Is a Losing Game
Tears Dry on Their Own
Wake Up Alone
Some Unholy War
He Can Only Hold Her
Addicted
Pablo Aluísio.
Assinar:
Comentários (Atom)









