quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Little Richard - Little Richard (1958)

Little Richard (1958)
Também conhecido como "Little Richard Volume 2" esse segundo álbum do cantor e compositor Little Richard é um dos mais importantes da história do Rock! O próprio Little Richard chamava esse disco de um verdadeiro milagre! Afinal ele se considerava um homem humilde, de origem bem pobre. Um artista como ele, negro, pobre e homossexual, conseguir gravar um segundo LP em plenos anos 50 era mesmo um feito e tanto. Afinal Richard sofreu, desde que surgiu, todos os tipos de preconceitos que você possa imaginar. E os LPs, naqueles tempos, eram reservados apenas para grandes artistas, cantores consagrados! Não era um formato para cantores de seu estilo, de jeito nenhum! Nesse aspecto Richard pode ser considerado um grande pioneiro! 

E então surgiu esse cantor de voz rasgada, estridente ao máximo, cantando Rock! Pode ter certeza que muita gente ficou incomodada! De qualquer maneira uma coisa é certa, esse disco é um clássico absoluto da história do Rock! Entre as faixas temos hits insuperáveis, músicas que depois seriam regravadas pelos maiores nomes do Rock como os Beatles e Elvis Presley. O Rei do Rock inclusive regravou, de uma só vez, três músicas desse disco em seu álbum chamado "Elvis". Então, não havia mesmo muito mais o que dizer. É um disco realmente fenomenal, que mais parece uma coletânea de grandes sucessos! Uma prova definitiva da importância desse artista no surgimento do gênero musical mais popular do século XX. 

Little Richard - Volume 2 (1958)
Rip It Up
Ready Teddy
Heeby-Jeebies
Slippin’ and Slidin’
Long Tall Sally
Miss Ann
Jenny, Jenny
True Fine Mama
Can’t Believe You Wanna Leave
Lucille
Send Me Some Lovin’
Good Golly, Miss Molly

Pablo Aluísio. 

Discografia Americana de álbuns de Little Richard


Little Richard – Álbuns de estúdio (EUA)
Here’s Little Richard (1957)
Little Richard (1958)
The Fabulous Little Richard (1959)
Pray Along with Little Richard, Vol. 1 (1960)
Pray Along with Little Richard, Vol. 2 (1960)
King of the Gospel Singers (1962)
Little Richard Is Back (And There’s a Whole Lotta Shakin’ Goin’ On!) (1964)
Little Richard’s Greatest Hits (1965)
The Explosive Little Richard (1967)
The Rill Thing (1970)
King of Rock and Roll (1971)
The Second Coming (1972)
Southern Child (1972)
Lifetime Friend (1976)

Obs: Em negrito álbuns que já foram comentados em nosso blog Music! 

Pesquisa: Pablo Aluísio. 

Discografia Americana de álbuns de Chuck Berry


Chuck Berry – Álbuns de estúdio (EUA)
After School Session (1957)
One Dozen Berrys (1958)
Chuck Berry Is on Top (1959)
Rockin’ at the Hops (1960)
New Juke Box Hits (1961)
Two Great Guitars (1964)
St. Louis to Liverpool (1964)
Chuck Berry in London (1965)
Fresh Berry’s (1965)
Chuck Berry’s Golden Hits (1967)
Concerto in B Goode (1969)
Back Home (1970)
San Francisco Dues (1971)
The London Chuck Berry Sessions (1972
Bio (1973)
Chuck Berry (1975)
Rock It (1979)
Chuck (2017)

Obs: Em negrito álbuns que já foram comentados em nosso blog Music! 

Pesquisa: Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Chuck Berry - Chuck Berry Is on Top

Bom, se eu fosse indicar algum álbum da discografia original de Chuck Berry para algum marinheiro de primeira viagem em sua obra certamente apontaria para esse "Chuck Berry Is on Top". Aqui Berry resolveu unir alguns singles de sucesso com gravações novas, inéditas. O resultado mais uma vez é excelente. Uma pena que na carreira e na vida pessoal Berry estivesse vivendo um verdadeiro caos, um inferno astral. Profissionalmente ele estava brigando com a gravadora Chess Records. Havia acusações para todos os lados, mas Berry insistia que estava sendo roubado pelos irmãos Leonard Chess e Phil Chess! A coisa toda iria atingir um ponto em que eles iriam partir para as raias dos tribunais, tamanho o nível de atrito que havia se instalado. Na vida pessoal as coisas também não iam nada bem. Chuck Berry vinha enfrentando acusações pesadas, em processos criminais, que culminariam em sua prisão alguns meses depois.

Com tanto coisa jogando contra não é de se admirar que ele tenha tido vários problemas para colocar um disco completamente inédito nas lojas. Particularmente abomino coletâneas em geral que considero resumos incompletos das obras dos artistas de que gosto. É um produto comercial para vender e nada mais. Em relação a roqueiros como Chuck Berry e Little Richard a coisa ficou ainda mais feia pois a partir dos anos 60 sairiam uma infinidade de títulos como "Golden Hits" e coisas do gênero que apenas procuravam relançar velhas gravações com novas capas. Uma verdadeira praga. Mesmo assim ainda consigo indicar - com certa reserva - um álbum como esse, afinal de contas em seu favor temos o fato dele ter sido parte da discografia original de Berry nos anos 50. Uma prova que sua carreira foi realmente meteórica, de poucos anos. Depois ele infelizmente se tornaria mais um artista ao estilo revival, vivendo de glórias passadas e pouco produzindo algo de novo.

Chuck Berry - Chuck Berry Is on Top (1959)
Almost Grown / Carol / Maybellene / Rock Sweet Little & Roller / Anthony Boy / Johnny B. Goode / Little Queenie / Jo Jo Gunne / Roll Over Beethoven / Around and Around / Hey Pedro  / Blues for Hawaiians.

Pablo Aluísio.

Bill Haley & His Comets - Rockin' the Oldies

Mais um álbum do assim chamado "Glenn Miller do Rock". Gosto bastante desse disco, principalmente pela proposta de Haley de fazer releituras de antigas canções, em um processo que lembrava inclusive seus hits mais recentes como "Shake, Rattle and Roll" e "See You Later Alligator". Seria o primeiro de três lançamentos de Bill Haley que procuravam seguir temas ou conceitos na seleção musical. Seria uma espécie de predecessor dos famosos álbuns conceituais da década de 1960? Olhando sob um ponto de vista bem imparcial essa seria uma afirmação positiva, sim, Bill Haley foi o primeiro roqueiro da história a "amarrar" várias músicas sob um plano, um conceito de trabalho, podemos dizer assim. Curiosamente, apesar da temática inteligente e da ousadia do artista e do produtor (o ótimo Milt Gabler) o lançamento não foi muito bem acolhido pelo público. Também pudera, os garotos roqueiros da época, um monte de teddy boys, provavelmente não estavam interessados em canções antigas, mesmo que viessem sob um rótulo completamente novo e inovador.

Bobagem dos jovens, o disco é tão dançante como qualquer outro de Haley. A faixa que abre o disco, uma versão de um antigo clássico do  bandleader Larry Clinton chamada "The Dipsy Doodle", tem um balanço irresistível, com ótimo arranjo. As paradinhas e os ótimos solos de guitarra e sax são até hoje muito atuais e empolgantes. Rock ´n` Roll de primeira qualidade. "You Can't Stop Me From Dreaming" vai pelo mesmo caminho. Outra que usa e abusa das paradinhas típicas da primeira geração do rock americano. O piano se mostra mais presente, forte até! Grande arranjo em uma versão saborosa. Em "Apple Blossom Time" o destaque vai para o contrabaixo ao velho estilo (aqueles mesmo que você está pensando, enormes, pesadões, que tomavam quase todo o palco). A melodia é tão simpática que o ouvinte não pode deixar de se encantar. A fórmula "letra - solos de sax e guitarra - refrão pegajoso - e clímax para cima" se repete, o que não deixa de ser algo saborosamente nostálgico. O disco segue nesse esquema musical até se encerrar com a ótima "I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter", muito embora aqui já sintamos um certo cansaço na interpretação do cantor. Se a intenção do velho Bill era demonstrar que o novo gênero chamado Rock ´n´ Roll poderia ser adaptado para qualquer tipo de standart da música americana, ele certamente comprovou seu ponto de vista.

Bill Haley & His Comets - Rockin' the Oldies (1957)
The Dipsy Doodle
You Can't Stop Me from Dreaming
Apple Blossom Time
Moon Over Miami
Is it True What They Say About Dixie?
Carolina in the Morning
Miss You
Please Don't Talk About Me When I'm Gone
Ain't Misbehavin'
One Sweet Letter from You
I'm Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter
Somebody Else is Taking My Place

Pablo Aluísioe.

Dean Martin - Dream with Dean: The Intimate Dean Martin

Dean Martin - Dream with Dean: The Intimate Dean Martin
Dean Martin tinha uma voz maravilhosa. Aqui o cantor resolveu apostar em algo bem intimista. Ele gravou o álbum com apenas quatro  músicos ao seu lado, Ken Lane ao piano, Irv Cottler na bateria, Red Mitchell no baixo e Barney Kessel na guitarra (Kessel chegou a trabalhar com outros grandes nomes como Elvis Presley na década de 1960). Nada de orquestras e nada de arranjos mais sofisticados como era praxe em seus discos anteriores, já que Martin sempre seguiu os passos de Sinatra nesse aspecto. A ideia era mesmo mudar um pouco, produzindo algo bem intimista (o que fica bem claro na própria capa do álbum, com Martin ao lado da lareira com um cigarro em mãos, fazendo todo o charme possível, bem de acordo com sua imagem de Mr. Cool). Para produzir o disco na Capitol, Martin trouxe o produtor Jimmy Bowen, praticamente uma lenda do meio musical americano, tendo trabalhado com dezenas de cantores ao longo da carreira, entre eles o próprio Frank Sinatra, além de produzir grandes sucessos para Sammy Davis, Jr., Kenny Rogers, Hank Williams, Jr., The Oak Ridge Boys, Reba McEntire e George Strait. Era tão competente que Frank Sinatra o escalou para produzir os primeiros discos de sua filha, Nancy.

Esse álbum traz aquele que talvez seja o maior sucesso de toda a carreira de Dean Martin, a faixa "Everybody Loves Somebody". A história dessa canção é bem interessante pois quebrou a supremacia que os Beatles tinham nas paradas de sucesso da época. Foi uma das poucas canções americanas a tirarem do número 1 da Billboard gravações do grupo inglês que naquela época vivia a febre da Beatlemania. Reza a lenda que o próprio Dean Martin teria ligado para Elvis e dito em tom de piada que aquele era o jeito certo de enfrentar a invasão britânica nas rádios e paradas de sucesso. Tirando esses aspectos comerciais de lado, o que podemos dizer é que esse é certamente um disco maravilhoso, sob qualquer ângulo que se analise. A sonoridade em geral é de uma beleza ímpar, muito suave e delicada. O que sempre se sobressai é a excelente vocalização de Martin, com intervenções sutis da guitarra de Kessel, acompanhada da melodia do piano de Ken Lane, tudo intercalado por um baixo quase inaudível do talentoso Mitchell (que vinha do jazz). Nos Estados Unidos o álbum ganhou uma recente edição de luxo, simplesmente excepcional.

Dean Martin - Dream with Dean: The Intimate Dean Martin
1. I'm Confessin' (That I Love You) 
2. Fools Rush In 
3. I'll Buy That Dream 
4. If You Were The Only Girl 
5. Blue Moon 
6. Everybody Love Somebody 
7. I Don't Know Why (I Just Do) 
8. "Gimmie" A Little Kiss 
9. Hands Across The Table 
10. Smile 
11. My Melancholy Baby 
12. Baby Won't You Please Come Home.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Frank Sinatra - The Voice of Frank Sinatra

Frank Sinatra - The Voice of Frank Sinatra 
Esse é considerado o primeiro álbum da carreira de Frank Sinatra. Só que esse conceito precisa de algumas explicações. Quando chegou pela primeira vez no mercado não havia ainda, por parte das gravadoras, o conceito de LP. Era uma fase ainda muito primitiva da indústria fonográfica. O que chegou nas mãos dos fãs de Sinatra naquele ano foi uma espécie de coleção, com quatro discos de 78 rpm contendo oito músicas gravadas pelo cantor. Todos os discos faziam parte desse pacote e só poderiam ser adquiridos juntos. Na época se chamava de coleção ou box! Era, em todos os aspectos, um álbum, lançado em um tempo em que ainda não existia os LPs. 

Anos depois finalmente essas faixas foram reunidas no formato LP tal como conhecemos hoje em dia. Conceitualmente era um álbum e assim é considerado pelos colecionadores em geral. A adaptação, se assim pudermos chamar, está bem correta do ponto de vista histórico. O "álbum" de Sinatra foi lançado pela Columbia Records. Na época Sinatra era o mais bem sucedido artista do selo, vendendo milhares de cópias de seus acetatos. É um disco que hoje em dia surpreenderia o ouvinte que só chegou a conhecer o Sinatra das grandes orquestras. Os arranjos aqui são bem sutis, baseados em cordas suaves, sob a direção do maestro Axel Stordahl, marcando o estilo romântico inicial de Sinatra. O sucesso foi maravilhoso e Sinatra sentiu-se confiante para seguir em frente apenas com seu nome, sem ser o cantor de big bands, como a de Tommy Dorsey. Foi um momento de mudança definitiva em sua carreira. 

The Voice of Frank Sinatra (1946)
You Go to My Head
Someone to Watch Over Me
These Foolish Things
Why Shouldn’t I?
I Don’t Know Why (I Just Do)
Try a Little Tenderness
(I Don’t Stand) A Ghost of a Chance
Paradise

Pablo Aluísio. 

Frank Sinatra - Discografia Americana


Frank Sinatra - Discografia Americana
Lista com todos os álbuns lançados pelo cantor Frank Sinatra até o ano de sua morte. 

Frank Sinatra - Discografia Americana
The Voice of Frank Sinatra
Songs by Sinatra 
Christmas Songs by Sinatra 
Frankly Sentimental 
Dedicated to You 
Sing and Dance with Frank Sinatra 
Songs for Young Lovers 
Swing Easy! 
In the Wee Small Hours 
Songs for Swingin’ Lovers! 
Close to You 
A Swingin’ Affair! 
Where Are You? 
A Jolly Christmas from Frank Sinatra
Come Fly with Me 
Frank Sinatra Sings for Only the Lonely
Come Dance with Me! 
No One Cares 
Nice ’n’ Easy 
Sinatra’s Swingin’ Session!!! 
Ring-a-Ding-Ding! 
Come Swing with Me! 
Sinatra Swings (ou Swing Along With Me) 
I Remember Tommy 
Sinatra and Strings 
Point of No Return 
Sinatra and Swingin’ Brass 
All Alone 
Sinatra Sings Great Songs from Great Britain

Pesquisa: Pablo Aluísio.