sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Madonna

Guia completo sobre Madonna, uma das artistas mais influentes e icônicas da história da música pop:

🎤 Madonna – Biografia da Cantora

Nome completo: Madonna Louise Ciccone
Nascimento: 16 de agosto de 1958, Bay City, Michigan (EUA)
Profissão: Cantora, compositora, atriz, produtora musical e empresária
Apelido: Rainha do Pop

Madonna cresceu em uma família católica de ascendência italiana. Sua mãe morreu quando ela tinha apenas 5 anos, o que marcou profundamente sua infância. Desde jovem, Madonna destacou-se pela determinação e independência. Mudou-se para Nova York em 1978, com apenas 35 dólares no bolso, para seguir carreira na dança, antes de se tornar uma das maiores estrelas da música mundial.

Seu estilo provocador, a reinvenção constante da imagem e a mistura de gêneros musicais fizeram dela um símbolo cultural global desde os anos 1980.


💿 Principais Álbuns de Estúdio (com ano de lançamento)

  1. Madonna (1983)

  2. Like a Virgin (1984)

  3. True Blue (1986)

  4. Like a Prayer (1989)

  5. Erotica (1992)

  6. Bedtime Stories (1994)

  7. Ray of Light (1998)

  8. Music (2000)

  9. American Life (2003)

  10. Confessions on a Dance Floor (2005)

  11. Hard Candy (2008)

  12. MDNA (2012)

  13. Rebel Heart (2015)

  14. Madame X (2019)

💽 Além desses, Madonna lançou inúmeras coletâneas de sucesso, como The Immaculate Collection (1990) e Celebration (2009), que venderam dezenas de milhões de cópias.


🌍 Popularidade e Sucesso Comercial

  • Madonna é a artista feminina mais bem-sucedida comercialmente da história, segundo o Guinness World Records.

  • Estimativa de mais de 300 milhões de discos vendidos mundialmente.

  • Possui mais de 50 singles no Top 10 da Billboard Hot 100, incluindo 12 que alcançaram o 1º lugar.

  • É também uma das artistas com maior número de turnês de sucesso, destacando-se:

    • Blond Ambition Tour (1990)

    • The Girlie Show (1993)

    • Confessions Tour (2006) — recorde de arrecadação para uma artista feminina na época.

  • Reconhecida por reinventar a estética pop e por videoclipes icônicos que moldaram o formato moderno do videoclipe musical.


Polêmicas ao Longo da Vida

Madonna construiu sua carreira desafiando tabus religiosos, sexuais e sociais, o que gerou inúmeros escândalos e debates:

  1. "Like a Virgin" (1984) – Performance provocante nos MTV Awards com vestido de noiva.

  2. "Like a Prayer" (1989) – Videoclipe com símbolos católicos, cruzes em chamas e um santo negro — gerou protestos do Vaticano e perda de patrocínio da Pepsi.

  3. Livro Sex (1992) – Publicação com fotos eróticas e fetichistas, altamente controversa.

  4. Posições políticas e religiosas – Críticas frequentes à Igreja Católica e a governos conservadores.

  5. Adaptação à idade e imagem – Sofreu críticas na mídia por performances sensuais após os 50 anos, que ela sempre rebateu defendendo o empoderamento feminino.

  6. Cirurgias e aparência física – Debate público constante sobre envelhecimento e padrões de beleza.


❤️ Vida Pessoal

  • Casamentos:

    • Casou-se com o ator Sean Penn (1985–1989).

    • Casou-se com o diretor Guy Ritchie (2000–2008).

  • Filhos:

    • Lourdes Maria Ciccone Leon (nascida em 1996, com Carlos Leon).

    • Rocco Ritchie (nascido em 2000, com Guy Ritchie).

    • Adotou quatro crianças do Malawi: David Banda, Mercy James e as gêmeas Estere e Stella.

  • Madonna é também filantropa, tendo fundado a organização Raising Malawi, que apoia crianças carentes no país africano.


🎶 Importância Musical e Cultural

Madonna não é apenas uma cantora — é uma força cultural transformadora:

  • Reinvenção constante: inovou esteticamente em cada fase — do pop dançante dos anos 80 ao eletrônico introspectivo dos 2000.

  • Influência em gerações: inspirou artistas como Britney Spears, Lady Gaga, Beyoncé, Dua Lipa e The Weeknd.

  • Pioneira em videoclipes conceituais e no uso da moda como extensão artística.

  • Empoderamento feminino: quebrou barreiras sobre sexualidade, independência e controle criativo em uma indústria dominada por homens.

  • Reconhecimentos:

    • Induzida ao Rock and Roll Hall of Fame em 2008.

    • Vencedora de 7 Grammy Awards e dezenas de prêmios internacionais.

    • Considerada pela Rolling Stone uma das 100 maiores artistas de todos os tempos.


🕊️ Resumo de Sua Importância

Madonna transformou a música pop em arte performática, combinando som, imagem, provocação e inteligência.
Sua capacidade de reinventar-se tornou-a sinônimo de longevidade artística e liberdade criativa.


quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Notícias do Mundo do Rock

 Aqui vão algumas notícias recentes do mundo do rock (internacionais) desta semana:

📰 Destaques Recentes no Rock

  1. Jefferson Airplane / Jorma Kaukonen anuncia turnê de 85 anos
    O guitarrista Jorma Kaukonen, cofundador do Jefferson Airplane e do Hot Tuna, vai celebrar seus 85 anos com uma turnê especial nos EUA, começando em 1º de novembro de 2025. Também será lançado um álbum ao vivo raro de 1965 chamado Wabash Avenue. (San Francisco Chronicle)

  2. Rock & Roll Hall of Fame 2025 – apresentadores e homenageados
    A cerimônia de indução de 2025 contará com nomes como Elton John, Olivia Rodrigo, Doja Cat, Twenty One Pilots, entre outros, como apresentadores. (AP News)
    Os homenageados da edição são Bad Company, Chubby Checker, Joe Cocker, Cyndi Lauper, Outkast, Soundgarden e The White Stripes. (AP News)

  3. Rush anuncia reunião para turnê em 2026
    A lendária banda canadense Rush confirmou seu retorno aos palcos em 2026, com nova turnê norte-americana. Eles escolheram a baterista alemã Anika Nilles para ocupar o lugar deixado após a morte de Neil Peart. (The Washington Post)

  4. Oasis – guitarrista “Bonehead” se afasta de turnê por tratamento de câncer
    Paul “Bonehead” Arthurs, guitarrista fundador do Oasis, anunciou que se retirará da turnê de reunião do grupo para se dedicar ao tratamento do câncer de próstata. (New York Post)

  5. Ace Frehley cancela restante da turnê 2025 por motivos de saúde
    O ex-guitarrista do Kiss, Ace Frehley, suspendeu as datas finais de sua turnê em 2025 por recomendação médica, após uma hospitalização recente. (EW.com)

  6. Sammy Hagar anuncia álbum “The Residency”
    O veterano do rock Sammy Hagar e sua banda The Best Of All Worlds Band lançarão o novo álbum The Residency em 10 de outubro de 2025. (metaltalk.net)

  7. Alter Bridge lança novo single “What Lies Within”
    A banda lançou um novo single, “What Lies Within”, como parte da divulgação de seu próximo álbum. (therockrevival.com)
    O álbum será lançado em 9 de janeiro de 2026, e a banda já planeja turnês na Europa e nos EUA. (therockrevival.com)

  8. Ghost – álbum Skeletá
    A banda sueca Ghost lançou Skeletá em abril de 2025, seu sexto álbum de estúdio, que já chegou ao topo da Billboard nos EUA. (Wikipedia)

  9. Suede – álbum Antidepressants
    O décimo álbum da banda inglesa Suede, Antidepressants, foi lançado em 5 de setembro de 2025. O álbum tem elementos de rock gótico e pós-punk, e teve boa recepção crítica. (Wikipedia)

  10. Twenty One Pilots – álbum Breach
    O duo lançou Breach em 12 de setembro de 2025. O novo álbum combina rock alternativo, pop rock e elementos de hip-hop. É o oitavo disco da carreira deles e estreou no topo da Billboard 200. (Wikipedia)

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Lançamentos do Rock Americano - Outubro 2025

 
Lançamentos de rock americano em outubro de 2025:

🎸 Principais lançamentos de álbuns de rock dos EUA

Artista / Banda Álbum Data Comentário
AFI Silver Bleeds the Black Sun... 3 de outubro de 2025 O 12º álbum de estúdio da banda. Mistura post-punk / gothic rock com uma estética mais sombria. (Wikipedia)
Thrice Horizons/West 3 de outubro de 2025 Alternativa / post-hardcore. Retorno bastante aguardado. (Wikipedia)
Rocket R Is for Rocket 3 de outubro de 2025 Álbum de estreia, com guitarras fortes e uma produção que remete ao rock alternativo dos anos 90. (Wikipedia)

Lançamentos recentes e previstos de rock / gêneros próximos nos EUA para outubro de 2025:


🎯 Alguns destaques

Artista / Banda Álbum / Single Data Observações
Yellowcard Better Days 10 de outubro de 2025 Novo álbum dos EUA, após reunião da banda. (Wikipedia)
All Time Low Everyone’s Talking! 17 de outubro de 2025 Pop-punk / rock alternativo americano. (Wikipedia)
Michael Schenker Group Don’t Sell Your Soul 3 de outubro de 2025 Clássico / hard rock. (New Releases Now)
Pavlov’s Dog Wonderlust 3 de outubro de 2025 Rock progressivo / clássico. (New Releases Now)

📅 Principais lançamentos de outubro de 2025

Data Artista / Banda Álbum / EP / Single Observações
3 de outubro Michael Schenker Group Don’t Sell Your Soul Um novo álbum no estilo hard rock / clássico. (New Releases Now)
3 de outubro Pavlov’s Dog Wonderlust Rock clássico / prog rock. (New Releases Now)
10 de outubro All Time Low Everyone’s Talking! Pop-punk / rock alternativo. (Loudwire)
10 de outubro (Diversos) Lançamentos de rock / metal diversos Na lista de “Hard Rock + Metal Album Release Calendar” aparecem vários lançamentos no gênero rock/metal para esse dia. (Loudwire)
17 de outubro 84 Tigers Nothing Ends Aparece na lista de lançamentos de metal/rock para outubro. (Loudwire)
31 de outubro Creeper Sanguivore II: Mistress of Death Mistura de rock gótico / teatral — embora a banda seja britânica, aparece nas listas de lançamentos rock/metal. (Loudwire)
10 de outubro (CD/LP) Dropkick Murphys For the People (edição física) O álbum já estava disponível digitalmente, mas a versão física sai em 10 de outubro. (Wikipedia)
10 de outubro Arch Enemy Blood Dynasty (edição deluxe) Parte dos lançamentos metal/rock listados para esse dia. (Loudwire)


terça-feira, 7 de outubro de 2025

Lançamentos do Rock Inglês - Outubro de 2025

Aqui estão alguns dos principais lançamentos de rock inglês previstos para outubro de 2025:

Richard Ashcroft – Lovin' You
Lançamento: 10 de outubro
O sétimo álbum solo de Ashcroft, conhecido por seu trabalho com o The Verve, apresenta uma abordagem mais romântica e introspectiva. O single de estreia, "Lover", foi lançado em maio. 

Idlewild – Idlewild
Lançamento: 3 de outubro
O décimo álbum da banda escocesa traz uma sonoridade coesa e madura, com influências do indie rock britânico clássico. O vocalista Roddy Woomble contribuiu para a composição e arte do álbum. 

Creeper – Sanguivore II: Mistress of Death
Lançamento: 31 de outubro
A sequência do álbum de 2023 da banda inglesa mistura elementos de horror gótico com rock teatral. Singles como "Headstones" e "Blood Magick (It's a Ritual)" já foram lançados.

Florence and the Machine – Everybody Scream
Lançamento: 31 de outubro
O sexto álbum da banda liderada por Florence Welch explora temas de misticismo e introspecção emocional, com influências de folk e horror. A faixa-título foi lançada como single principal. 

Ashnymph – Singles "Saltspreader" e "Mr Invisible"
Lançamentos: Outubro
A nova banda britânica mistura rock alternativo com influências de música eletrônica e psicodélica. Os singles foram bem recebidos pela crítica especializada. The Guardian

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Michael Jackson – Thriller

Michael Jackson – Thriller 
Só quem viveu os anos 80 consegue ter uma noção completa do impacto que Thriller teve no mundo musical. Esse é um álbum que realmente merece o rótulo de fenomenal. É incrível que um artista como Michael Jackson – que mesmo após o lançamento de seu disco de estréia ainda tentava se desvincular de seu passado no Jackson Five – tenha conseguido atingir tamanho êxito. E não estou falando apenas em sucesso de vendas, já que Thriller foi o álbum mais vendido de todos os tempos, mas sim de sucesso do ponto de vista artístico, musical. Mesmo que você não goste do cantor por causa de seus inúmeros problemas pessoais que o atingiram depois, é quase impossível negar a importância que Thriller teve para o mundo da música nos anos 80. Fruto do trabalho de Michael com o produtor Quincy Jones, Thriller tem um ar de jovialidade e originalidade que até hoje impressiona quem o ouve. Foi o auge de Michael Jackson, a sua obra prima, o pico – que nem ele mais conseguiria atingir depois!

Uma das características que sempre me chamaram atenção em “Thriller” era o incrível número de grandes sucessos presentes em sua seleção musical. Alíás todo o disco foi sucesso, da primeira à última faixa, sem exceções. Eu me recordo bem que nas festinhas de adolescentes da época Thriller era tocado na íntegra porque além de ser um disco extremamente popular não havia faixas ruins ou apagadas – que estavam ali apenas para completar o disco, por exemplo. Pelo contrário, Thriller só tinha sucesso, um atrás do outro, e todas as canções eram extremamente bem trabalhadas e produzidas, mostrando todo o perfeccionismo de Michael Jackson e Quincy Jones nos estúdios. Canções como “Billy Jean”, “Beat It” e a própria “Thriller” viraram verdadeiros hinos de uma geração. Para completar os videoclips (novidade para uma época ainda muito primitiva nesse aspecto) ajudaram a popularizar ainda mais as músicas. Olhando para trás podemos perceber que no fundo “Thriller” foi a glória e a desgraça de Michael Jackson. A glória porque nenhum outro artista conseguiu superá-lo nos números absurdos de cópias vendidas que esse álbum conseguiu alcançar e desgraça porque depois desse avassalador sucesso Michael Jackson nunca mais conseguiu superar o fato dele ter sido literalmente esmagado por sua própria fama e sucesso.

Michael Jackson - Thriller (1982)
1. Wanna Be Startin' Somethin 2. Baby Be Mine 3. The Girl Is Mine 4. Thriller 5. Beat It 6. Billie Jean 7. Human Nature 8. P.Y.T. (Pretty Young Thing) 9. The Lady in My Life.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Discografia Michael Jackson


Aqui está a lista dos álbuns de estúdio de Michael Jackson, em ordem cronológica, com o ano de lançamento:

Discografia Michael Jackson: 
Got to Be There – 1972
Ben – 1972
Music & Me – 1973
Forever, Michael – 1975
Off the Wall – 1979
Thriller – 1982
Bad – 1987
Dangerous – 1991

HIStory: Past, Present and Future, Book I – 1995
(Disco duplo: um com sucessos, outro com músicas inéditas)

Invincible – 2001

👉 Esses são os álbuns de estúdio oficiais de Michael Jackson como artista solo.

Além dos álbuns de estúdio em vida, Michael Jackson também teve álbuns póstumos e diversas coletâneas oficiais lançadas. Aqui vai a lista organizada:

🎶 Álbuns Póstumos

Michael – 2010
(Com faixas inéditas e colaborações com Akon, 50 Cent e Lenny Kravitz)

Xscape – 2014
(Faixas gravadas em diferentes épocas, produzidas com versões modernas e originais)

🎵 Principais Coletâneas Oficiais

Greatest Hits – HIStory, Vol. I – 1995
(Parte do álbum duplo HIStory, trazendo os maiores sucessos até então)

Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix – 1997
(Remixes + 5 músicas inéditas)

Number Ones – 2003
(Coletânea com os maiores sucessos que chegaram ao topo das paradas)

The Essential Michael Jackson – 2005
(Duas partes: anos da Motown + anos Epic/Sony, cobrindo toda a carreira)

King of Pop – 2008
(Coletânea lançada em diferentes países com seleções votadas por fãs)

📀 Resumindo:
Álbuns de estúdio em vida: 10
Álbuns póstumos: 2
Principais coletâneas oficiais: várias, mas destaquei as mais importantes e de maior impacto mundial.

domingo, 28 de setembro de 2025

Discografia Eagles

Discografia Eagles
Aqui está a discografia de estúdio do Eagles, organizada em ordem cronológica de lançamento:

Álbuns de Estúdio
Eagles – 1972
Desperado – 1973
On the Border – 1974
One of These Nights – 1975
Hotel California – 1976
The Long Run – 1979
Long Road Out of Eden – 2007

Principais Álbuns ao Vivo
Eagles Live – 1980
Hell Freezes Over – 1994
Live from the Forum MMXVIII – 2020

Compilações Relevantes
Their Greatest Hits (1971–1975) – 1976 (um dos discos mais vendidos da história)
Greatest Hits Volume 2 – 1982
The Very Best of Eagles – 2003

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Discografia Pink Floyd


Discografia Pink Floyd
Lista completa dos álbuns de estúdio do Pink Floyd, organizados em ordem cronológica com os respectivos anos de lançamento:

The Piper at the Gates of Dawn – 1967
A Saucerful of Secrets – 1968
More (trilha sonora) – 1969
Ummagumma – 1969
Atom Heart Mother – 1970
Meddle – 1971
Obscured by Clouds (trilha sonora) – 1972
The Dark Side of the Moon – 1973
Wish You Were Here – 1975
Animals – 1977
The Wall – 1979
The Final Cut – 1983
A Momentary Lapse of Reason – 1987
The Division Bell – 1994
The Endless River – 2014

👉 Essa lista traz apenas os álbuns de estúdio. O Pink Floyd também lançou diversos álbuns ao vivo e coletâneas (como Delicate Sound of Thunder e Pulse), mas normalmente não entram na discografia principal. Seguindo a lista anterior dos álbuns de estúdio, aqui está a discografia complementar do Pink Floyd, incluindo álbuns ao vivo e coletâneas oficiais (em ordem cronológica):

🎵 Álbuns ao vivo
Delicate Sound of Thunder – 1988
Pulse – 1995
Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980–81 – 2000

Live at Pompeii (lançado oficialmente em DVD/CD anos depois, mas gravado em 1971 e em 2016 saiu em edição expandida)

The Endless River – Deluxe Edition (inclui gravações ao vivo de 1994, mas não é considerado um álbum ao vivo separado)

📀 Coletâneas oficiais
Relics – 1971
A Nice Pair – 1973 (reunião dos dois primeiros álbuns)
Works – 1983
Echoes: The Best of Pink Floyd – 2001
A Foot in the Door: The Best of Pink Floyd – 2011

👉 Além disso, há inúmeros box sets e relançamentos especiais (como Shine On de 1992 e The Early Years 1965–1972 de 2016), que não são exatamente novos álbuns, mas reúnem raridades, faixas inéditas e versões ao vivo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

George Harrison – All Things Must Pass

Todos sabem que era muito complicado para George Harrison ter algum espaço dentro dos álbuns dos Beatles. Competir com dois gênios musicais como John Lennon e Paul McCartney era algo quase impossível. Assim geralmente o grupo dava o espaço de uma ou duas canções para Harrison dentro dos discos. Era muito pouco para alguém que havia alcançado uma maturidade inegável como compositor e arranjador como George. Sua sina criativa estava sendo reprimida. Essa era uma situação tão evidente que até mesmo John Lennon, com toda a sua arrogância e ar de superioridade, reconhecia. Em relação a Harrison chegou a reconhecer isso ao dizer que “Os discos dos Beatles eram muito limitantes, especialmente para George”. Para se ter uma idéia a própria música que dá título a esse maravilhoso álbum, “All Things Must Pass”, foi vedada pelos demais Beatles. O plano de Harrison era encaixar a canção no álbum “Let it Be” mas ela ficou de fora! Inclusive toda a solidão de George nesse aspecto pode ser conferido no projeto Anthology. Lá o ouvinte encontra uma gravação de George da canção durante os trabalhos de “Let it Be”. Ele surge sozinho, tocando sua guitarra de forma chorosa, numa clara tentativa de chamar a atenção de Paul e John para a música. Não deu certo e ele foi ignorado.

As coisas mudaram quando os Beatles deixaram de existir. Com o fim do conjunto George Harrison teve finalmente toda a liberdade que queria. Ele juntou todas as músicas que tinham sido rejeitadas pelos Beatles por anos a fio e jogou aqui nesse excelente álbum. Afinal se todas as coisas passavam, os Beatles também passariam. Mesmo após tantos anos essa é ainda hoje considerada a obra prima de George Harrison. O disco em que ele colocou tudo o que havia sido reprimido em tantos anos ao lado dos Beatles. Há de tudo na seleção musical, rock da melhor estirpe, músicas instrumentais, letras religiosas e espirituais (não poderia ser diferente em se tratando do mais espiritual Beatle) e uma série de boas canções, algumas brilhantes, outras inofensivas. De brinde algumas composições que George havia criado ao lado de Bob Dylan e que jamais poderiam entrar nos discos dos Beatles por questões contratuais. Para dar uma mão na parte instrumental o cantor trouxe o mágico guitarrista Eric Clapton, que abrilhantou ainda mais o resultado final. “All Things Must Pass” é isso, um belo retrato de um artista ciente de seu talento, seguro de sua musicalidade, mesmo após anos vivendo à sombra da dupla Lennon e McCartney.

George Harrison – All Things Must Pass (1970)
I'd Have You Anytime
My Sweet Lord
Wah-Wah
Isn't It a Pity (Version One)
What Is Life
If Not for You
Behind That Locked Door
Let It Down
Run of the Mill
Beware of Darkness
Apple Scruffs
Ballad of Sir Frankie Crisp (Let It Roll)
Awaiting on You All
All Things Must Pass
I Dig Love
Art of Dying
Isn't it a Pity (Version Two)
Hear Me Lord
Out of the Blue
It's Johnny's Birthday
Plug Me In
I Remember Jeep
Thanks for the Pepperoni

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de setembro de 2025

Paul McCartney - McCartney

Paul McCartney - McCartney
Esse foi o primeiro disco solo de Paul McCartney. Os Beatles estavam chegando ao fim e Paul usou esse material quase como um teste de mercado. Na verdade ele tinha certo receio de como seria sua carreira dali para frente. Havia muitas dúvidas e algumas delas soam absurdas hoje em dia. Por exemplo, Paul tinha certa dúvida se ele seria comercialmente viável sozinho. O que todos perguntavam é se Paul poderia dar certo como artista solo. Certo que nos Beatles ele havia sido simplesmente genial mas daria certo sem John, George e Ringo? Será que um disco inteiro apenas com Paul não se tornaria cansativo? Ele teria pique para segurar a onda durante um disco solo? Claro que hoje em dia todas essas perguntas soam sem propósito mas em 1970 elas pareciam bem reais e fortes. Esse primeiro disco de Paul ainda saiu pelo selo Apple. Havia muitos problemas contratuais, processos voando para todos os lados e McCartney lutava para sair das garras de Allen Klein, o desonesto empresário dos Beatles.

O resultado é um trabalho apenas mediano. Paul na verdade não deu 100% de si na gravação desse disco mas sim o jogou no mercado americano e inglês para sentir como seria a reação. No meio da confusão do fim dos Beatles o álbum acabou ganhando uma bela promoção grátis na imprensa e como todos queriam ouvir o primeiro disco solo de Paul McCartney ele acabou fazendo um grande sucesso de vendas. O problema é que também sofreu críticas que incomodaram Paul. Alguns especialistas disseram que o disco, apesar de algumas belas melodias, ainda soava muito cru e sem capricho! Era verdade. McCartney absorveu bem essas críticas e decidiu que era hora de montar uma nova banda de rock, afinal ele se sentia desconfortável de trabalhar sozinho. Para quem sempre havia pertencido a um conjunto isso era mais do que natural. Assim nasceu a ideia que iria germinar e dar origem aos Wings. Mas antes disso vamos tecer alguns comentários sobre as canções do álbum "McCartney" de 1970:

The Lovely Linda (Paul McCartney) - A carreira solo de Paul McCartney começa com essa baladinha em homenagem a Linda McCartney. A letra é tão simplória quanto a melodia, bem, diríamos, bucólica. Paul termina a canção com uma risadinha, bem no espírito descontraído de todas as faixas desse álbum. Despretensiosa sim, mas bem cativante.

That Would Be Something (Paul McCartney) - Essa é bem mais trabalhada, com ótima instrumentação. Paul obviamente toca todos os instrumentos. A canção começa com um belo dueto entre guitarra, baixo e violão. Ótimo arranjo. Só depois a batera entra mas mesmo assim bem timidamente. Perceba que a letra é mero pretexto para acompanhar a melodia. Paul aqui não se importou nem um pouco com o conteúdo da letra, preferindo se concentrar no arranjo.

Valentine Day (Paul McCartney) - Aqui temos uma faixa completamente instrumental. Paul faz experimentos, com destaque para os belos solos de guitarra que vai desenvolvendo ao longo da faixa. Tudo soa como mera improvisação. De certa forma a gravação parece mais uma jam session, uma forma de Paul conferir como ficaria a mixagem de todos os instrumentos depois que ele gravasse tudo separado. Curiosamente a faixa acaba de forma bem abrupta, tal como começara!

Every Night (Paul McCartney) - A primeira boa canção do disco. Aqui temos realmente Paul se empenhando em trazer mais uma daquelas baladas que tanto sucesso fizeram em seus anos como Beatle. A canção tem um maravilhoso refrão, altamente pegajoso, diga-se de passagem (tente apagar da mente, por exemplo, o "Ooh-ooh-ooh-ooh-ooh-ooh" para sentir como é complicado!). Na letra Paul diz que não quer saber de mais nada na vida a não ser ficar ao lado de sua amada a cada noite. Bonito!

Hot as Sun / Glasses (Paul McCartney) - O ritmo desse medley me lembra velhas canções escocesas do século XIX. É outra faixa instrumental totalmente baseada na linha melódica principal, formada de apenas algumas notas - para você entender como Paul era genial em suas composições. Além dos instrumentos de rotina Paul injeta um velho órgão em solos que dão a identidade à canção. Já "Glasses" tem uma linha de letra, sendo que seu arranjo me lembrou imediatamente de algumas gravações do Pink Floyd, o que mostra que Paul andava antenado com o que estava acontecendo na época.

Junk (Paul McCartney) - Uma das preferidas do próprio Paul. Essa ele queria gravar com os Beatles mas criminosamente a canção ficou fora dos registros da banda. Há uma gravação inclusive feita por Paul McCartney nos estúdios Abbey Road. O problema é que havia tantas canções geniais rodando durante as gravações dos discos dos Beatles que até obras primas como essa ficavam de fora. Como bem disse John Lennon o espaço de um LP era muito pequeno para tantos gênios musicais reunidos como os Beatles! Faltaria espaço certamente. Sem dúvida uma faixa maravilhosa.

Man We Was Lonely (Paul McCartney) - Outra preciosidade. Quando gravou esse álbum Paul disse que o tinha gravado para depois tocar no toca-fitas de seu carro, nada mais do que isso. Por isso tudo era tão despretensioso. Bom, após ouvir essa música pinta uma dúvida sobre se isso era de fato verdade. A gravação é ótima, muito bem arranjada e executada, com a ajudinha de Linda McCartney nos vocais de apoio. Paul também duplicou sua voz. O resultado é ótimo, uma gravação completamente profissional, nada amadora como Paul queria fazer crer!

Oo You (Paul McCartney) - Outra jam, bem experimental, diga-se de passagem. A guitarra surge forte, solando e duelando com outra mais ao fundo, um grande trabalho, principalmente para quem tocou todos os instrumentos sozinho (imagine a dor de cabeça para sincronizar tudo isso depois na sala de edição!). Nesse disco em particular Paul parece muito sedento em tocar vários solos de guitarra - estaria ele compensando os anos de Beatles quando tinha que dividir esse tipo de coisa com o colega George Harrison? É bem possível...

Momma Miss America (Paul McCartney) - Outra instrumental. É um rock com uma linha de melodia mais presente. Uma forma de Paul agitar um pouco as coisas no disco para que ele não ficasse muito cheio de baladinhas - coisa que faria John Lennon certamente pegar em seu pé! Outra faixa que traz um belo solo de guitarra Les Paul Gibson by Paul McCartney. Apesar de alguns pequenos espaços em branco considero uma bela gravação. Quatro minutos do mais puro rock ´n´ roll!

Teddy Boy (Paul McCartney) - Outra que quase entra no disco "Abbey Road" mas que foi deixada de lado por John Lennon que considerou a letra muito bobinha. De certa forma ele tinha uma boa dose de razão. A estorinha do garoto Ted parece ser um pouco forçada. No final a música foi salva pela ótima melodia e pelo arranjo primoroso escrito por Paul (embora eu particularmente implique um pouco com os vocais de apoio).

Singalong Junk (Paul McCartney) - A melodia é a mesma de "Junk", só que aqui imensamente melhor trabalhada. É outra faixa completamente instrumental. Paul a gravou pensando em lançar "Junk" como lado A de um single, com essa faixa vindo no lado B (algo bem comum na época). O arranjo aqui é fabuloso mesmo, muito rico e lindamente escrito. Para relaxar a mente do stress do dia a dia.

Maybe I'm Amazed (Paul McCartney) - O grande clássico do álbum. Essa Paul não deixaria para trás como as demais faixas do disco, a levando para seus grandes shows! Certamente um momento essencial nessa fase de sua carreira. Seu arranjo de piano e os vocais ora viscerais, ora ternos, além de um maravilhoso solo de guitarra, torna essa uma das melhores gravações de Paul McCartney em sua carreira. Obra Prima, sem a menor sombra de dúvidas.

Kreen-Akrore (Paul McCartney) - Para quem acha que Paul McCartney nunca gravou rock progressivo na carreira. Ora, basta ouvir essa faixa para entender do que se trata - Paul mandando ver no progressivo mesmo, com clara influência do Pink Floyd de cabo a rabo da gravação. Na época o registro passou despercebido, imagine você! Por essa e outras costumo dizer que se os Beatles tivessem levado a carreira em frente, eles teriam grandes chances de abraçar o progressivo, que queiram ou não, iria dominar as grandes bandas de rock dos anos 70. Era algo, em minha forma de ver, inevitável. O psicodelismo seria deixado de lado e os Beatles iriam certamente entrar em uma disputa com grupos como o Pink Floyd!

Pablo Aluísio.